quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Homem-Formiga.


Por André Brandalise

Sinopse: O bioquímico dr. Hank Pym (Michael Douglas) usa sua mais recente descoberta, um grupo de partículas subatômicas, para criar uma roupa de alteração de tamanho. Com sua nova tecnologia, o doutor passa a ter a capacidade de diminuir em escala mas crescer em força. É então que o vigarista Scott Lang (Paul Rudd) precisa assumir o lado heróico e ajudar seu mentor a proteger os segredos por trás do espetacular traje do Homem-Formiga de uma nova geração de ameaças. Juntos, precisam salvar o planeta.

A Marvel segue o caminho traçado em Guardiões da Galáxia e traz mais um filme divertido, que não se leva a sério e, ao mesmo tempo, se leva a sério. Não se pode, de forma alguma, desmerecer o filme por se imaginar a impossibilidade científica de um homem normal tornar-se do tamanho de uma formiga, antes disso, devemos olhar elo lado pessoal de cada personagem.

É claro que se trata de mais um filme de herói fantástico, empolgante e divertido, que também apresenta um homem buscando a redenção. Depois de sair da prisão, após cumprir sua pena, o personagem principal, Scott Lang, tenta reconstruir a sua vida pensando em sua filha. Quer fugir do crime e opta pela mudança de caminho.

Muitos de nós passamos por isso, todo dia, a vida toda, quando somos colocados à prova diante de situações de pecado que aparecem à nossa frente. Algumas vezes caímos e temos sempre a chance de buscar a remissão de nossos pecados, o perdão divino de nossos erros.

O mesmo vale para aqueles que cometeram crimes e foram presos. No entanto, assim como para se ter uma boa confissão, a mudança de vida somente ocorrerá se houver uma decisão pessoal e firme de mudança de vida. Não é a prisão ou qualquer outra Instituição que vai fazer com que a pessoa mude, pois isso somente ocorrerá quando ela decidir mudar.

São João Paulo II já nos falou sobre isso na Exortação Apostólica Reconciliatio et Paenitentia:

“No fundo de cada situação de pecado, porém, encontram-se sempre pessoas pecadoras. Isto é tão verdadeiro que, se tal situação vier a ser mudada nos seus aspectos estruturais e institucionais pela força da lei, ou — como acontece com mais frequência, infelizmente — pela lei da força, a mudança revela-se, na realidade, incompleta, de pouca duração e, no fim de contas, vã e ineficaz — para não dizer mesmo contraproducente — se não se converterem as pessoas direta ou indiretamente responsáveis por essa mesma situação.”

O filme nos traz essa realidade, ainda que de forma divertida, onde pessoas que passaram pela prisão acabam retornando à vida do crime, e somente há a mudança de caminho quando tomam a decisão verdadeira de não caírem mais no erro.

Um ponto interessante é que, para Scott Lang mudar de vida, teve que fazer-se pequeno… literalmente. Claro que não foi intenção do roteiro fazer este paralelo, mas, com certeza, seria algo a se pensar neste processo de transformação.

Como fã de quadrinhos e bons personagens, digo para ir ao cinema porque é diversão garantida. Como católico, recomendo que veja para reflexão sobre o que te move para ser uma pessoa melhor e se está fazendo de tudo para isso.

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